Desde
que foi eleito para presidir a comissão de direitos humanos, o pastor Marco
Feliciano (PSC) não tem um dia de descanso das acusações de homofobia, racismo
e etc. Iniciou-se então um embate entre os militantes gays e movimentos das
minorias contra o grupo que procura manter Marco Feliciano a frente da
comissão. Mas afinal de contas, algum destes dois grupos realmente está
buscando defender os direitos humanos?
Há cerca
e um mês eleito para presidir a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos
Deputados Federais, o Pastor da Assembleia de Deus Marco Feliciano tem recebido
críticas duras diariamente de militantes de movimentos gay e outras minorias,
as acusações são que suas opiniões são racistas, homofóbicas e odiosas. Por
outro lado, se levantou entre os defensores de Marco Feliciano quase uma legião
de representantes dos grupos chamados evangélicos. Curioso é porém, que ainda
nenhum dos lados apresentaram propostas que possam realmente trazer algum
beneficio no que tange os direitos humanos no país.
Parece
que todo o debate tem muitos motivos e finalidades, mas os direitos humanos têm
passado bem longe das discussões. Os acusadores do Pastor, encabeçados pelo
deputado ex BBB Jean Wyllys, acusam o novo presidente da Comissão de racista e
homofóbico pelas suas opiniões proferidas em redes sociais e em declarações.
Ora, é curioso ver quem está acusando Marco Feliciano, principalmente alegando
que ele não tem respeito pelas chamadas minorias. É curioso ver que os grupos
acusadores de Marco Feliciano têm muitas das vezes passado dos limites em seus
protestos, e não podem ser considerados os mais respeitosos na hora de emitir
suas opiniões. Vide caso de protestos do grupo Femen e de algumas das
declarações sobre os religiosos do próprio deputado Jean Wyllys (PSOL). O tom
dos protestos e as declarações dos movimentos que são contra o Pastor a frente
da Comissão possuem um tom opinativo tão forte quanto as dadas pelo pastor,
algumas inclusive poderiam ser facilmente classificadas como ofensa religiosa,
como por exemplo o caso da passeata gay utilizar imagens de Santos Católicos
nus durante a parada gay de São Paulo, outras declarações aliás, demonstram que
o que estes movimentos desejam de fato, não é uma melhor condição dos direitos
humanos no país, mas sim a inversão de valores da sociedade ocidental, daí se
compreende o porque da defesa dos “casamentos” homoafetivos, defesa do aborto e
quase uma blindagem social aos grupos denominados por eles de minorias, não se
vê nos discursos destes grupos uma discussão séria para se colocar estes grupos
em situação de igualdade perante a todos os cidadãos, mas sim de superproteger
estes grupos, sem lembrar que antes de fazer parte de tais grupos são todos
seres humanos, portanto não deve haver privilégios na lei.
![]() |
Integrante do grupo Femen protesntando contra Marco Feliciano |
Quanto
ao pastor Marco Feliciano, não há como não se impressionar com as declarações
feitas por este senhor. Não irei aqui julgar suas opiniões, pois como vivemos
em um país dito democrático, todos temos direito a ter e expressar nossas
opiniões, porém alguém na posição deste senhor tem opiniões, digamos,
incoerentes com a posição que ocupa. É no mínimo lamentável sua declaração
sobre o continente africano, que disse "Sobre o continente africano
repousa a maldição do paganismo, ocultismo, misérias, doenças oriundas de lá:
ebola, Aids, fome... Etc". É triste ver alguém que se diz defender os
valores cristãos ter tal opinião, ainda mais sobre o continente que foi o
segundo a conhecer a fé cristã, e que no desenvolvimento e disseminação do
cristianismo teve importante influencia com cristãos ilustres como Tertuliano, São
Clemente de Alexandria, Orígenes, São Cipriano de Cartago, Santo Atanásio de
Alexandria e Santo Agostinho de Hipona. Ainda mais dizer que o continente é um povo amaldiçoado por noé. Dentre outras declarações que expressão as deprimentes opiniões do pastor. Alguém do porte de sua posição deveria
mostrar e praticar a caridade cristã, principalmente quando se trata de um povo
tão flagelado e mal tratado quanto o do continente africano. Povo este que
sofre até hoje interferências e descaso do resto do globo, portanto, a opinião
de Marco Feliciano quanto ao assunto é no mínimo lamentável. Marco Feliciano
chegou a presidência da Comissão por uma série de acordos políticos de líderes
religiosos que em uma manobra elegeram o pastor para eleger a presidência.
As
informações que chegam através da mídia mostram grupos mais preocupados em conseguir
êxitos em seus próprios interesses que propriamente fazer uma defesa séria aos
direitos humanos tão esquecidos neste país. A verdade é que o debate sobre os direitos humanos no Brasil esta em um nível tão deprimente, que ninguém parece perceber que nehuma das posições são realmente as mais indicadas para dirigir tal Comissão.
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