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Imagem publicada em um portal da Paraíba |
Enquanto os novos e modernos estádios
que sediarão jogos da Copa das Confederações e Copa do Mundo começam a ficar
prontos, o povo do sertão nordestino não sabe o que fazer para sobreviver à
seca que arrasa o sertão. A tão prometida transposição do Rio São Francisco
nunca chega ao fim, em alguns lugares, aliás, nem começou. Enquanto isso os
pequenos produtores do sertão se afundam em dívidas no Banco do Nordeste para
tentarem sobreviver e manter seus gados vivos. Um esforço em vão.
A principal fonte de receita dos
sertanejos durante os momentos de aperto são os empréstimos no Banco do
Nordeste, instituição que tem como principal acionista a União que detém mais
90% das ações, que os sertanejos dizem abusar das cobranças de juros sobre os
valores emprestados. Desesperados com a perda dos rebanhos e sem previsão de
como poder pagar as dívidas que em alguns casos já se arrastam por 10 anos.
Criado há 60 anos para promover o desenvolvimento do nordeste, agora os
pequenos produtores rural reclamam dos abusos do banco.
Neste dia 22/04 o município de
Guarabira na Paraíba protestaram contra aquilo que eles chamaram de “desonesto
e abusivo”, reclamam que o Banco do Nordeste aplica juros abusivos e que com a
atual situação no sertão é impossível pagar as dívidas que se acumulam no
Banco. Como protesto pequenos produtores rurais da cidade despejaram na porta da
agência do Banco do Nordeste várias carcaças de gados mortos devido a estiagem. Os produtores também reclamam que o governo federal não executa auditorias no banco, o que favorece as irregularidades. É curioso o abandono do governo federal com o nordeste, já que foi nesta região que Dilma recebeu a maior proporção de votos em 2010.
A situação é crítica na Paraíba,
segundo o Insa 71% do território daquele estado está com o solo desertificado e
a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) anunciou que o açude do
Boqueirão pode entrar em colapso em 2014 deixando mais de 1 milhão de pessoas
sem água no interior da Paraíba e as obras de transposição do Rio São Francisco
estão paradas na sua maior parte, o que causa mais desespero aos moradores do
sertão nordestino.
Confira imagens do protesto:
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