por Sponholz exclusivo para o Humor Político |
Nesta
quinta-feira (11/07/2013) a CUT (Central Única dos Trabalhadores) está
organizando e convocando os trabalhadores do Brasil para uma greve geral, para
segundo o que está em seu site “destravar a agenda dos trabalhadores no
congresso e ministério”. Mas parece que na verdade é para tentar endossar com
apoio popular a ideia sem sentido do plebiscito da Dilma, uma ideia que já
nasceu morta.
A
estratégia é muito simples, fazer o povo lutar por algo que ele não saiba e com isso alimentar um
movimento maior. As reivindicações que estarão nos cartazes no dia nesta paralisação não importam. Não importam pois já está tudo estruturado pela CUT
para que o protesto seja a nível nacional para apoiar o moribundo plebiscito
proposto pela presidente e que o povo não quer nem vê. Pode parecer
contraditório, mas a contradição é parte do movimento da esquerda como explica
Olavo de Carvalho em seu artigo Caos e Estratégia (I).
A
CUT malandramente liberou para que as pautas regionais e locais tenham livres
reivindicações e como pauta nacional colocou um único tema, o plebiscito imoral
da reforma política proposta pelo PT de Dilma Rousseff como pode ser conferido clicando aqui no site da CUT nacional. Fazer o povo lutar por
algo achando que está lutando por outra coisa é antigo na história humana, e
temos vários exemplos disso como a Revolução Francesa e a Revolução Russa,
então esta estratégia não é tão nova assim. Fato é que o governo está partindo
para o desespero, com a popularidade de Dilma despencando como um pombo sem asa
e com os rachas internos no próprio PT e base aliada a situação cada dia piora
mais. E ainda tem a reunião no final deste mês do Foro de São Paulo que
provavelmente irá traçar metas para as eleições do ano que vem e as próximas
ações da esquerda.
Com
a esquerda rachada e dividida, com a pauta do Foro de São Paulo em andamento e
com a popularidade cada vez menor da presidente o cenário político brasileiro
fica cada vez mais nebuloso e indefinido e o clima mais propenso a demonstrações
de forças políticas como está da CUT.
Não
é o povo que vai parar, as reivindicações que estarão em pauta nesta
quinta-feira não são as mesmas que o povo anseia e deseja. Esta manifestação terá
pauta governamental travestida de
interesses populares.
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