Vemos diariamente péssimos exemplos de uso de dinheiro
público, falta de respeito e de civilidade nos mais altos escalões das esferas
públicas e privadas. Muitos ficam estarrecidos com deputados, senadores,
ministros e tantos outros grandes cargos que cometem atos covardes contra a
população e ainda buscam passar como amigo do povo. A sensação de impunidade só
aumenta e diminui nossa esperança de ver nosso país realmente ir para frente.
Mas o que poucas vezes percebemos é que tais atos grandes,
grandes rombos na previdência, superfaturamentos em obras públicas, descaso com
a população mais carente, podem não ser nada mais que reflexo de uma sociedade
que se acostumou com o errado. Se acostumou a conseguir algumas coisas pelo
jeitinho, uma autorização com um vereador, um amigo que o ajuda a ser encaixado
no médico que é seu amigo, conseguir uma vaga na escola sem entrar na fila pois
conhece alguém da direção, e assim por diante.
Muitas vezes inconscientemente alimentamos os mesmo
comportamentos que condenamos quando assistimos nos jornais. O povo brasileiro
é um povo forte, trabalhador e que não mede esforços para alcançar seus
objetivos e este país só não parou ainda graças aos homens e mulheres de bem
que levantam cedo todos os dias e trabalham duro para sustentarem esta grande
nação. Mas precisamos nos livras de pequenos vícios que corroem nossa
sociedade.
Por isso, a partir de agora irei publicar pequenas histórias
de pessoas comum, do dia-a-dia que mostra como os pequenos atos diários,
pequenas falhas de caráter alimentam o deputado corrupto, permitem que o
ministro que desviou verba saia impune e assim em diante. Mostrar que cada vez
que não devolvemos o troco a mais, a cada vez que conseguimos uma vaga no
médico sem entrar na fila, a cada vez que repetimos “mas todos fazem, assim” ou
“isso é normal”, estamos alimentando os corruptos, desviadores de verbas, os
estelionatos. Quando realizamos tais atos, não somos diferentes daquele que
desvia dinheiro que deveria ser usado na saúde, na educação e que por causa
dele muitos não terão oportunidades dignas.
Vamos nos escandalizar com os erros, com os maus exemplos e
começar a partir de nós. Não tenho ainda um nome para esta coluna, mas estou
aceitando sugestões. A primeira história será publicada ainda esta semana.
Aguardo sugestões de nomes e até a nossa primeira história.
Uma coisa que tem a ver com o assunto é a meia entrada nos cinemas e espetáculos, dizer que é contra isso é pedir para ser taxado de inimigos dos estudantes e outras coisas mais. Mas a coisa mais banal que existe é a falsificação das carteiras de estudante e no final todos saem perdendo, quem organiza qualquer espetáculo aumenta o preço para todos como forma de se proteger do "jeitinho".
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