Uma nova e horrenda
moda que começa a se espalhar são os “Rolés”, “Rolezins” ou “Rolezaum”. São
encontros marcados pela internet em Shoppings Center e Parques Públicos, que
segundo as páginas dos encontros o objetivo é “tumultuar, pegar geral e se divertir sem
roubos”. Se fossem apenas encontros inocentes de amigos em Shoppings não
haveria problema algum, o problema é que tais encontros tem provocado o caos e
a desordem por onde passam, conseguindo assim literalmente gerar o tumulto que
desejam, em um Parque onde ocorreu um “Rolezinho” um guarda foi covardemente
atacado.
Jovens marcando
baderna e correria em shoppings e parques públicos é claramente o resultado da
formação de uma geração que não faz a mínima noção do que significa a palavra
civilidade. Não demonstram comportamento semelhante a pessoas que receberam o
mínimo de educação ou formação cívica e é difícil pensar que tenham frequentado
as salas de aulas de uma escola.
Mas o pior
começa a se mostrar quando lemos as analises feitas por intelectuais sobre o
assunto. Após alguns shoppings de São Paulo conseguirem liminar para impedir os
“rolezinhos” e multar quem participasse da baderna em R$10 mil, alguns
intelectuais passaram a atacar a atitude do shopping de impedir que tais
reuniões ocorram em seus interiores como racistas, ou ainda que demonstram um
apartheid à brasileira.
O fato é que tais
“rolezinhos” demonstram a total falta de formação moral e educacional de parte
da juventude brasileira que foi formada no país nos últimos 15 anos e que vem
piorando ano após ano, apesar do governo continuar afirmando que está
melhorando. Lamentavelmente as escolas são apenas depósitos de crianças e
adolescentes, e muitos destes ainda só frequentam as escolas para não pederem o
Bolsa Família no fim do mês. As famílias tem visto seus direitos de educar seus
filhos sendo tolidos e as escolas vem recebendo as mais variadas funções, menos
a de formar cidadãos e ensinar as ciências.
O país atravessa
muitas crises, crise econômica, crise na segurança pública, crise política (já
muito antiga), corrupção enorme, etc. Mas nenhuma delas é pior que a crise
moral e ética que se abate sobre o país, e talvez esta seja a fonte de todas as
outras.
É verdade que
existem diferenças sociais brutais no país, somente um cego não percebe isso,
mas daí acusar os shoppings de serem racistas ou de impedirem a entrada de
pessoas das classes inferiores é um argumento que mostra não uma ignorância,
mas sim uma intenção deliberada de alimentar a situação deplorável que estamos
assistindo. Dizer que existe uma segregação pois os participantes de tais
reuniões estão sendo impedidos de entrarem nos shoppings é no mínimo
desonestidade intelectual. Será que o mesmo vale para os brigões dos estádios,
que afugentam famílias e pessoas que só querem assistir seus times? Impedir
brigões de acessarem as arquibancadas também é segregação das classes menos
abastadas?
Assim como os
brigões devem ser banidos dos estádios, os arruaceiros também precisam ser
retirados dos shoppings e dos Parques Públicos. Os brigões deveriam, pois ainda
não foram, ser banidos dos estádios não por serem de classes inferiores, mas
por gerarem desordem e desrespeitar o direito de outros. Da mesma forma os
participantes das reuniões chamadas de “rolezinhos” não estão sendo impedidos
de entrarem nos shoppings por sua cor de pele ou pela sua aparência de pobre. Estão
sendo impedidas por causarem desordem, arruaça e baderna, que não são atitudes
de pessoas que sabem viver em sociedade e respeitar o direito do próximo.
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